Aos poucos Portugal tem voltado ao ritmo natural e deixado para trás o fantasma da crise dos últimos anos, o momento actual é de esperança e o país segue na frente como exemplo europeu na gestão de crises. O progresso do país na recuperação financeira tem sido notório e recentemente a agência de notação financeira norte-americana Moody’s foi a última a tirar Portugal da pior classificação de risco.
Em 2011, a Moody’s foi a primeira agência internacional a rebaixar Portugal no ranking de classificação de risco, e sete anos depois, foi a última a retirar a classificação anterior por uma de perspectiva estável.
As medidas que o país tem tomado em relação a economia têm feito com que a grande dívida pública portuguesa despencasse cada vez mais, motivo pelo qual as agências de classificação de risco têm atribuído à Portugal a um rating positivo de investimento, e não mais especulativo. Com os riscos económicos controlados, é esperado que as agências mantenham as notas perspectiva estável e que a dívida continua a decrescer.
Apesar de atribuir um rating ainda relativamente baixo, A Moody’s deixa claro que ainda pode regressar o rating ao status de “lixo” caso Portugal não continue investindo nas medidas estruturais de resiliência e consolidação orçamentária frente a dívida.
A estabilidade corre riscos significativos se considerar os níveis elevados da dívida do sector público, e o crescimento empresarial ainda empacado. A tendência é que a mesma continue baixando, mas no momento o mercado ainda é frágil e deixa os investidores receosos quanto ao cenário que podem vir a encontrar mais à frente.
Mesmo tendo baixado significativamente, a dívida do país ainda é alta e inevitavelmente pode vir a voltar a crescer, ainda sendo uma das mais altas de toda a Europa. A preocupação do país é em manter as taxas de juros baixas para que a dívida possa vir a ser eventualmente paga. O governo tem estimulado o consumo para a arrecadação de impostos, mas economistas dizem que essa pode não ser a melhor opção. Portugal continua a apostar no turismo, que está em alta e é maior gerador de receita para o país.
De fato o aquecimento no setor turístico português tem alavancado a economia nos últimos três anos, e isso significa renda nos cofres e mais empregos. Mesmo com todas as dificuldades de emergir da crise, o português contínuo confiante. O novo rating atribuído a Portugal pode ter subido apenas uma casa na escala de classificação da Moody’s, mas abriu várias portas para possíveis investidores em potencial.
A retirada de Portugal do “lixo” pela Moody’s, significa muito mais do que confiança no mercado financeiro português, mas também reconhecimento e credibilidade ao país nos mercados estrangeiros.